A mulher chora, e chora muito. Sem pão, sem fubá, mãos atadas diante de uma vida isolada, desprotegida e alheia ao prazer, distante do amor, longe da própria existência. Ela perguntaria: "quem sou eu?". Mas não, uma pergunta dessas surge como um absurdo ao ver seu próprio filho perder parte da cabeça por causa de um tiro, um tiro certeiro. Ele queria apenas um prato de comida; sonhava com um emprego; queria que a mãe pudesse, enfim, alimentar-se como gente. Ela aceitou a sua morte, conscientemente, depois do abraço que recebeu do policial atirador.